Rosie, The Riveter: We Can Do It!
sexta-feira, março 08, 2013
No dia 8 de março de 1857, operárias
de uma fábrica de tecido em Nova York, resolveram lutar por melhores condições
de trabalho fazendo uma greve. A manifestação foi reprimida com muita violência,
as operárias foram presas na fábrica e a incendiaram. Cerca de 130 tecelãs morreram
carbonizadas em um ato totalmente desumano.
Assim ficou decidido que o dia 8 de março passaria a ser o "Dia Internacional da Mulher", em homenagem as mulheres que morreram na fábrica em 1857. O que hoje é encarado como uma data festiva e comemorativa teve sua origem na manifestação de um grupo de operárias.
Ao longo da história houve marcos de lutas das mulheres, por melhores condições de vida e trabalho, por direitos iguais aos dos homens.
A campanha teve um forte apelo também aos maridos que tinham que permitir que suas esposas deixassem os lares ou empregos como secretária ou professoras para um trabalho mais braçal.
Assim surgiu o famoso cartaz We Can Do It, com a criação da personagem “Rosie, The Riveter” (ou Rosie, a Rebitadeira), a ilustração feita por J. Howard Miller exibe uma
mulher forte mostrando seus músculos, trabalhadora que não perdeu sua
feminilidade, usando batom e o lenço vermelho de bolinhas
brancas na cabeça. A técnica usada para ilustrar Rosie era a mesma a que muitos
outros ilustradores de pin-ups da época usavam.
A personagem Rosie foi inspirada em uma operária de 19 anos, Geraldine Doyle (1924-2010), uma operária que trabalhava em uma fábrica de Michigan.
Com o fim da guerra esperava-se que as mulheres voltassem aos seus lares para cuidar de seus filhos e maridos cansados da guerra. Algumas retornaram, mas outras se negaram a isso, elas atenderam ao chamado de “Rosie” quebrando diversos tabus, começaram a lutar pelo espaço no mercado de trabalho, a buscar por direitos a salários melhores, já que na época elas ganhavam bem menos exercendo a mesma função que um homem.
Esse cartaz mobilizou muitas mulheres a deixar sua posição de dona de casa e ter coragem para tentar um emprego remunerado e mais ainda para lutar por seus direitos. A mulher trabalhadora dominou por completo a imagem pública isso tudo sem perder a feminilidade.
Com o passar dos anos a imagem de Rosie se
solidifica cada vez mais e se torna referência social e fashion, sobre tudo um símbolo
feminista. Passa também a
ideia de que as mulheres são tão fortes e capazes quanto os homens.
Essa é a homenagem que o De volta ao retrô
faz a todas as mulheres, mais do que ganhar flores, chocolates, etc., o melhor
presente para todas nós é o respeito e lembrar das primeiras corajosas que se
prontificaram em mostrar que nós mulheres somos tão capazes quanto os homens.
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4 comentários
Feliz dia das mulheres .
ResponderExcluirBeijos
cherrycriis.blogspot.com
Que amor de post! ❤
ResponderExcluirAdorei o post! Muito legal seu site tbm
ResponderExcluirPorém, erroneamente, dizia-se que a imagem era inspirada em Geraldine Doyle, mas descobriu-se que a verdadeira identidade é de Naomi Parker Fraley. Segundo o jornal New York Times, em matéria após sua morte (janeiro de 2018 aos 98 anos), demorou mais de 70 anos para ser reconhecida, vindo a ser encontrada apenas em 2015.
Não conhecia a história.
ResponderExcluirUma honra poder partilhar essa história 👏🏻
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