Arte contemporânea: a arte do obsoleto por Nick Gentry
segunda-feira, março 18, 2013
Requisitando uma nova forma de
representação da arte e da sua própria definição, vários movimentos surgiram
nas décadas de 1960 e 1970, sobretudo a Pop art e o minimalismo, para tentar
libertar a arte do período moderno em que os artistas produziam pinturas com
materiais tradicionais, como o óleo sobre tela, e de um sistema em que as obras
de artes se transformavam em meras mercadorias.
Os artistas passaram então a realizar uma
integração das linguagens artísticas, dando espaço para a experimentação com
qualquer material que estivesse disponível, combinando estilos, materiais, instalações,
performances, imagens, textos e novas técnicas.
Essa inovação ampliou a definição de
arte, que passou a incluir, além de objetos palpáveis, ideias e ações nas ruas,
nas relações pessoais, na mídia e na própria arte.
Assim surge a Arte Contemporânea que reúne
uma diversidade de obras que articulam diferentes linguagens como a dança, a música,
a pintura, o teatro, a escultura, a literatura, etc., desafiando as
classificações habituais e colocando em questão a própria definição de arte.
Fiz essa breve descrição histórica
para que vocês entendam que as obras do artista britânico Nick Gentry estão
dentro desse contexto, o de Arte Contemporânea.
Nick Gentry é um é artista plástico e
pintor. É um dos que cresceram em meio a disquetes, fitas VHS e outras mídias
que já estão obsoletas devido ao avanço da tecnologia.
Sua tela são os disquetes, que
colocados em um apoio de madeira se tornam suporte para produzir suas imagens. Algumas
obras levam também fitas cassete, VHS e CDs, o que dá um efeito tridimensional
à tela.
Seu diferencial enfatiza a reciclagem
e reutilização de objetos como tema central. Segundo Nick sua arte discute
temas como consumismo, tecnologia e cyber-cultura na sociedade, com foco em
mídias obsoletas. Suas obras levam o público a interação e interpretação desses
retratos em seu cotidiano.
Cada
disquete utilizado na pintura tem uma história própria. Ele representa o ritmo
crescente do ciclo de vida moderno, onde os objetos são criados,
utilizados e descartados mais rapidamente do que nunca. Para contestar essa
noção, ao obsoleto é dado agora uma nova vida e um propósito renovado,
utilizando-os como um meio para a arte.
- Nick Gentry.
O resultado final é bastante chamativo
e se resumem em pinturas que parecem mosaicos.
2 comentários
Primeira vez que visito esse blog e já gostei. Parabéns!
ResponderExcluir@Savio Martins
ResponderExcluirQue bom Savio, fico feliz pelo seu elogio, continue acompanhando, terá bastante matéria nostálgica por ai.
Comentários são sempre bem-vindos e eu vou gostar de saber o que você acha do blog ♥. Mas lembre-se: sem palavrões ou xingamentos. Ah! E deixe o endereço do seu site/blog pra eu poder visitar.