O Gato Felix

quarta-feira, abril 23, 2014


Os mais velhos com certeza se lembram das brincadeiras e peripécias do Gato Félix, um dos primeiros desenhos animados a serem produzidos no mundo e surgiu na época do cinema mudo, seu corpo preto, olhos brancos e sua risada característica, combinados com o surrealismo das situações criadas nos desenhos, fazem do personagem um dos mais conhecidos do mundo.


Até hoje há dúvidas de quem realmente o criou, se foi Pat Sullivan, um cartunista e também um grande empresário do cinema ou um animador norte-americano chamado Otto Messmer que trabalhava para Sullivan em seu estúdio. 


A primeira versão do “Gato Félix” aparece em forma de curtas seções humorísticas no princípio dos anos 1900 nos jornais. Em nove de novembro de 1919, o personagem chamado Master Tom, (nome dado antes de gato Felix), foi distribuído pela Paramount Pictures denominado de "Feline Follies". O curta-metragem fez tanto sucesso, que logo em seguida Sullivan colocou no mercado um segundo curta com o personagem Master Tom denominado "The Musical Mews" e que também virou um enorme sucesso de público e bilheteria.


Nessa época um grande produtor da Paramount Pictures chamado John King sugeriu a Sullivan e Messmer mudar o nome do personagem Master Tom para Gato Felix, constituídas pelas junções de dois nomes latinos felis (gato) + felix (sorte) e com esse novo nome o gato estreou seu terceiro filme de curta-metragem batizado como "The Adventures of Felix", que foi apresentado no dia 14 de dezembro de 1919.


Já em 1922, Felix converte-se em protagonista de uma série de desenhos animados em Preto e Branco, de 154 episódios. Alguns anos mais tarde, em 1924, o animador/cartunista Bill Nolan redesenhou o gato, tornando-o mais um pouco mais gordinho e mais simpático.


O sucesso de Félix entrou em declínio em 1928, com a chegada dos desenhos animados sonoros, particularmente os do Mickey Mouse, da Walt Disney. Na época, Sullivan e Messmer não quiseram aderir à produção sonora e Félix ficou ultrapassado. Em 1929, Sullivan decidiu finalmente fazer a transição e começou a distribuir desenhos animados sonoros de Félix. A iniciativa fracassou, sendo suspensa no ano seguinte.

Gato Felix passou um bom tempo fora das telas, mas com a popularização da televisão nos Estados Unidos, o gato ganhou um novo fôlego, assim em 1953, um novo artista das histórias em quadrinho chamado Joe Oriole começou a despontar em sua promissora carreira e conseguiu adquirir os direitos sobre o personagem do Gato Felix.


Nos anos 1960, com a direção de Joe Oriolo, aparece uma nova série sobre este gato. Aparecem outros personagens (os amigos de Félix, o malvado professor e os seus comparsas) como também novos elementos como a bolsa mágica de Félix que pode transformar-se em barco ou avião onde está guardados uma quantidade infinita de objetos de todo o tipo e que se revelam muito úteis em qualquer que seja a situação que lhe faça frente.


A fórmula deu um bom resultado e o Gato Felix ressurgiu novamente das cinzas. Por essa mesma época, a Official Films comprou os antigos curtas-metragens de Sullivan e Messmer, sonorizou-as e distribuiu para serem apresentadas na televisão.


As novas histórias contadas por Joe Oriolo eram centradas em inúteis tentativas dos antagonistas em roubar a tal sonhada bolsa mágica do Gato Felix, apesar de que em determinados capítulos eles aparecerem todos como amigos. Atualmente o filho de Joe, Don Oriolo continua a divulgar e a promover o Gato Felix. Finalmente em 1991, o Gato Felix conseguiu protagonizar seu primeiro e único longa-metragem em "Felix the Cat: The Movie".


Principal fonte de acesso: O GatoFelix - Felix the Cat 

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