Metropolis
domingo, julho 06, 2014
Há algum tempo atrás comecei a
pesquisar sobre filmes antigos depois de estudar cinema na faculdade, então
fiquei conhecendo o filme Metropolis, li só algumas coisas sobre ele e comentei
com um colega de classe sobre como havia ficado interessada no filme. Ele
entende muito de cinema e havia me dito que o pai dele tinha comprado uma
coleção da Folha de São Paulo chamada “Coleção Folha Cine Europeu”, e nesse kit
havia o filme Metropolis. Ele me emprestou, eu assisti e amei tudo, enredo,
sonoplastia, figurino, história, personagens, enfim tudo era espetacular, pois
tudo estava à frente de seu tempo.
Metropolis é um filme dirigido por
Fritz Lang e escrito por ele e Thea von Harbou (esposa de Lang), datado de
1927. É um filme de ficção cientifica e totalmente baseado no expressionismo
Alemão, é um clássico atemporal que resiste ao teste do tempo, uma vez que, ao
ver o filme hoje o espectador tem uma experiência e tanto, pois a ficção científica
da trama está muito próxima da sua realidade. Muitas das previsões do filme já
são realidades.
Metropolis é uma sociedade do futuro
século XXI, dividida em duas partes: em cima uma elite selecionada que vive no
luxo, sem preocupações e goza de todos os prazeres da vida, enquanto uma
massa desumanizada de trabalhadores vive embaixo trabalhando para movimentar a
cidade.
Na sociedade obscura dos trabalhadores
tem Maria, a personagem principal, uma mulher simples da classe trabalhadora,
que com seu encanto prega a compreensão e o amor aos "irmãos" da
cidade alta, e lhes promete que um dia chegará um mediador vindo do
"alto" que supostamente lhes dará melhores condições de vida. Do lado
oposto tem John Federsen, o magnata que controla a cidade e seu filho Gustav
que se apaixona por Maria, e por ela resolve descer à cidade subterrânea e se
comove com a vida dos operários, decidindo até mesmo trocar de lugar com um
deles pra se aproximar de Maria.
Para impedir o amor dos dois e a
revolução John Federsen sequestra Maria e pede a Rotwang, um cientista maluco,
que clone a aparência de Maria, e a transforme em um robô que possa ser
controlado por ele. Só que Rotwang tem inveja de Joh Fredersen e sua criação
(Metropolis), e pretende com a falsa Maria desorganizar todo o sistema. Através
do robô ele manipula por meio da luxuria os 100 mais ricos da cidade, e depois
incita os trabalhadores a se rebelar contras as máquinas pregando o ódio,
coisas que a verdadeira Maria jamais faria.
Os trabalhadores quebram a máquina
principal, mas esquecem suas crianças na cidade subterrânea, que começa a
quebrar e ser inundada pelas águas. O clímax e o final do filme deixo para que
vocês vejam!
Não é difícil comparar o enredo do
filme com nossa sociedade atual, ainda há uma classe que manda e outra que se subjuga,
revoluções tem aos montes, algumas dão resultado? Sim, outras nem sempre.
Metropolis levanta questões e preocupações modernas, e certamente nos faz
pensar não só no que nos ameaça e nos condena, mas também nas soluções para os
nossos problemas.
Além de tudo, Metrópolis não é apenas
uma experiência reflexiva e intelectual, trata-se de um filme belíssimo, com
estilo e é fascinante. O design do filme e seus personagens marcaram o
mundo do cinema, e consciente ou inconscientemente suas imagens inspiraram
centenas de filmes, capas de revistas, discos e games até os dias de hoje.
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